sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Leitura, reflexão e discussão sobre mídia-educação

Atividade 4.3: leitura, reflexão e discussão sobre mídia-educação
Trabalhar com mídias em sala de aula requer aprendizado constante.
Depois de tudo quanto já se refletiu durante este curso a respeito do que se pretende com informática na escola, resta-nos dizer que a utilização de quaisquer recursos multimídia em uma sala de aula, não se justifica apenas, como muito se tem ouvido, para dinamizar aulas, agradar estudantes, prender atenção, inovar por inovar, enfim, parecer atualizado ou dentro da “onda         “.
Utilizar tais recursos significa apostar na inteligência de pessoas, entender que o ensino agora não é mais ministrar conteúdos para serem cobrados em provas bimestrais, e sim incentivar descobertas e surpreender-se com as descobertas dos outros.
Em uma comparação bem primária, um carpinteiro para produzir uma janela, utiliza, simultaneamente, várias ferramentas próprias do seu ofício, algumas muito antigas, tradicionais, porém insubstituíveis para aquele trabalho e o produto final do seu fazer, a janela, nada mais é do que um conjunto de ações com múltiplas ferramentas que traduzem a finalidade última do trabalho a que se propôs.
As mídias disponíveis, hoje, para a humanidade, estão prontas para serem usadas, articuladamente, sequencialmente, coerentemente em uma atividade que tenha uma finalidade específica proposta por um profissional.
Ao querer inovar, em certa ocasião, um assunto de Língua Portuguesa, figuras de linguagem, inicialmente usou-se o PowerPoint para preparar slides com fundo, fontes diversificadas, animações para cada slide novo e a edição de textos para conceituar cada figura e utilizar letras de músicas para exemplificá-las, alguns alunos propuseram a inserção das músicas nos slides, alegando que a apresentação ficaria mais interessante e aprenderiam melhor. Acatamos. Fomos atrás de cada música e inserimos aos slides.
Assim, trabalhamos com alguns recursos no mesmo arquivo. Descobrimos que podíamos avançar mais, inserimos gravação de narração e habilitamos a caneta para ressaltar alguns aspectos que se faziam necessários. Salvos nossos arquivos, na hora da apresentação, descobrimos que as músicas não abriam e tentamos saber por quê. Nosso técnico detectou o problema dizendo que as músicas precisavam estar salvas no computador da apresentação, foi então que veio a solução instantânea, baixar as músicas selecionadas pela Internet para o computador e prosseguir com a apresentação.
Quantos recursos na mesma máquina! Quantos problemas resolvidos na mesma hora! Quanta participação de cada pessoa que ali estava dando ideias, manipulando a máquina aprendendo-ensinando na SI. Outra solução dada naquele dia: salvamos as músicas em CD-R para usar no micro system, caso fosse necessário em uma outra oportunidade, se houvesse queda de conexão com a Internet.
Usando o mesmo material, fomos enriquecendo, alguns textos foram substituídos por imagens baixadas da Internet ou fotos dos próprios alunos. Hoje, no mesmo arquivo, temos uma aula montada com recursos do PowerPoint, áudio, vídeo, recursos de voz e apresentamos seja em telão com data show ou em televisor acoplado ao PC.
Não se trata de uma produção sofisticada com recursos multimídia, mas, quando se comenta com os estudantes como nasceu aquela aula, acreditamos que podemos confiar a eles a missão de atualizar o arquivo e, de quebra, é bem melhor assim, do que no tempo do giz.
Prof. Demétrio Mácola

Atividade Final do Curso “Ensinando e Aprendendo com as TIC”
De acordo com o que se tem refletido e dito ao longo deste curso, fica cada vez mais evidente a necessidade da integração da Escola nas águas do seu tempo.
Negar-se a esta integração é o mesmo que não aceitar cozinhar em fogão a gás, andar a pé para não entrar em um carro, salgar alimentos por não admitir geladeira e assim sucessivamente.
Do mesmo modo que todas as tecnologias, pelo menos as essenciais, chegaram às casas das pessoas, a informática chegou à escola.
É indiscutível o fato de que através do computador o ensino-aprendizagem ganhou nova feição. O que nos instiga, agora, é o papel da informática e de outras mídias na rotina escolar. Nenhuma delas teria finalidade nem legitimidade, se não fosse para fazer-nos pensar em reaprender a ensinar e ensinar de outra forma o que nossos alunos estão cansados de não aprender por causa da forma como ensinamos.
As mídias têm comprovado que, através delas, quem aprende, pode dar sentido ao que aprendeu, por causa da sua “enraização” na realidade humana. Os novos tempos impõem à escola a tarefa de preparar pessoas para  acessar e dar sentido ao que aprendem.
O pleno domínio sobre as máquinas, relembra ao ser humano o seu poder criativo, a sua superioridade e a sua capacidade de superar dificuldades e integrar-se ao mundo.
Não resta dúvida de que não só o computador, mas todas as outras ferramentas tecnológicas que são as marcas do nosso tempo, podem preferir ou preterir os seres humanos nas sociedades, a exemplo do que, até há pouco tempo acontecia entre quem sabia e quem não sabia ler.
O uso consciente das tecnologias dentro da escola pode colaborar indizivelmente para a formação de cidadãos críticos, capazes de discernir o certo e o errado, os valores e os contra-valores, porque tudo se encontra nos mesmo espaço, a exemplo da própria vida.
Comentário
É louvável o trabalho do nosso NTE e extremamente válida a preocupação com a formação continuada de quem atua nas SI, assim como de abrir espaço para toda e qualquer pessoa que deseje aprimorar-se no uso das tecnologias para o desenvolvimento do trabalho docente.
A cada curso, vamos clareando o horizonte sobre o uso do computador como ferramenta educativa. As orientações, troca de experiências, partilha das dificuldades, sugestões para superação de obstáculos, a vontade de aprender mais que cada um demonstra, a solidariedade que se nota quando alguém está em dificuldade, todas essas virtudes do curso nos dá ânimo e segurança para enfrentar as adversidades.
Acredito que sairemos deste curso com menos angústias, ansiedades e mais segurança para persistir na tarefa de fazer outras pessoas acreditarem que este é o caminho do nosso tempo.
Os conteúdos ministrados durante o curso, serão de extrema importância para serem usados na disciplina que orientamos e para a criação de projetos que justifiquem a existência das ferramentas na escola.
Não poderíamos ser omissos no reconhecimento à grande figura humana que é o nosso caríssimo Prof. Dílson Aires. Quaisquer palavras poderiam desfigurá-lo. Por isso, limitamo-nos a desejar que este grande Homem continue como é, acima de qualquer adjetivo, cabe-lhe o substantivo GENTE.
Parabéns, Prof. Dílson e muito obrigado pelo privilégio da convivência sábia e serena!

domingo, 6 de novembro de 2011

Ativ. 3.2 - Utilizando tecnologias em sala de aula

Por que estudar análise sintática?

Situação 1
Situação 2
Situação 3
Todas as situações acima são fatos do nosso cotidiano. Expressamo-nos através de palavras, gestos, imagens, sinais, cores, enfim, de todas as formas que nos permitem ser entendidos e fazer-nos entender. Isto é linguagem, pode ser língua e pode ainda ser fala.
Considerando que, em todas as nossas manifestações de comunicação, expressamo-nos a partir da nossa capacidade de organizar mentalmente mensagens, isto é, de estruturar nossos pensamentos, nossas emoções e sentimentos em frases, orações e períodos, é que precisamos saber o que queremos expressar, para entender por que precisamos utilizar este ou aquele recurso sintático de que a língua dispõe para traduzirmos com a maior clareza e exatidão possível o que pensamos e sentimos.
Por isso estudamos análise sintática. E quem não estuda isso, não consegue expressar de forma clara, precisa e exata o que pensa e sente? Possivelmente sim. Então? Por que precisa estudar? O que torna quem estuda diferente de quem não estuda isso?
No nosso caso particular, interessa-nos destacar a comunicação consciente e inconsciente, através do uso dos recursos sintáticos da Língua.
Quem usa, conscientemente, um recurso sintático, é capaz de perceber a intenção comunicativa de quem usa outro recurso.
O estudo da análise sintática obriga, necessariamente, a revelação da intenção comunicativa de quem formulou uma frase, uma oração ou um período no seu pensamento e traduziu em palavras.
Não significa dizer que quem tem domínio da estrutura sintática da Língua seja um(a) advinho(a), um leitor(a) do pensamento alheio, e sim um intérprete de uma intenção oculta nas entrelinhas das palavras.
Quem estuda análise sintática sob esta ótica da leitura de mundo, da leitura da realidade, tem menos chance de ser enganado ou passado para trás.
Esta é a justificativa que pode motivar alguém a interessar-se pelo estudo da estrutura sintática do pensamento.
Se não vejamos a situação 1 proposta no início:
No 1º quadro: o pensamento está estruturado começando por um chamado: “meu Deus” – este termo, sintaticamente, chama-se vocativo, foi usado para expressar espanto diante de um situação clara, no entanto, a finalidade do uso, isto é, expressar espanto, revela uma convicção interior de quem externou com palavras o chamado: revela uma crença, uma convicção que está enraizada na mente de quem proferiu a expressão e, consequentemente, de quem criou o personagem e o fez chamar por Deus e não por outro ser. Observe-se a inicial maiúscula da palavra Deus. Alguém que crê na existência de Deus, quer transmitir para quem lê o que escreveu, que ele crê em Deus e subjacente a isto, sente-se, de forma velada, a intenção de provocar o(a) leitor(a) a também crer em Deus.
Ainda no primeiro quadrinho: o motivo do espanto que provocou o chamamento por Deus: “quanto livro”. Sintaticamente, estamos diante de uma ideia de quantidade, expressa pela palavra “quanto”, que chamamos de adjunto adverbial de quantidade. O que impressiona não são os objetos, mas a quantidade deles, muitos. A estrutura deste pensamento não deixa a menor dúvida de que se trata de livros e não de outros objetos. Nesta organização mental, a palavra livros, sintaticamente, é objeto direto e na oração, usamos objeto direto quando não se quer deixar dúvida a respeito do que se está falando. Neste caso, não são revistas, gibis, jornais, panfletos, placas, outdoors, e sim, livros.
O espanto diante da quantidade de objetos que fez o personagem externar a convicção de crê em Deus, revela uma outra intenção de quem escreveu o texto: a aversão pela leitura de quem se espantou com a quantidade de livros. É alguém que não tem o hábito de ler e que expressa o sentimento de aversão pelo espanto diante do objeto. A intenção do autor do texto fica clara: não é elogiar, aplaudir, incentivar a preguiça de ler, e sim criticar quem não tem o hábito da leitura.
Olhemos, agora, para o último fragmento do pensamento expresso no primeiro quadrinho: “para ler...”. Trata-se de um complemento para explicar o motivo da existência do objeto na frase. Os livros são para ser lidos e não queimados, jogados fora, guardados, vendidos, doados etc. Nesta frase, o termo para ler,  está completando o significado do substantivo livros, por isso chamamos a isto de complemento nominal.
Podemos ficar por aqui para demonstrar que análise sintática é a tradução do pensamento de um interlocutor, porque através dos termos usados para se estruturar uma frase, uma oração ou um período, é que podemos desvendar a intenção comunicativa de quem se expressou.
Assim, ao invés de se ensinar os termos da oração em aulas de análise sintática, propomos elaborar um currículo que contemple neste estudo, orientar o estudante a inferir o que está por trás dos termos e da ordem como o pensamento está estruturado. Não se fala nem se escreve à toa, sem intenção.
Esse conteúdo pode, perfeitamente ser combinado com a Sociologia ao explorar os dois níveis de consciência: crítico e ingênuo, com a Matemática, na provocação do raciocínio lógico e da interpretação para a resolução de problemas, com a Filosofia na exploração dos enunciados falaciosos, na Literatura ao explorar características de escolas que primavam pela forma e as que primavam pelo conteúdo. Enfim, é possível fazer links entre disciplinas, confirmando que interdisciplinaridade é integração de conhecimentos, é relação direta com a vida, com a realidade.
 A situação 3 são imagens objetivas, claras, indiscutíveis e relacionadas entre si, não em termos de  disciplinas escolares, porém é possível, partindo da primeira imagem, criar link com a disciplina História, Educação Física e a Língua Portuguesa. O estudante pode não saber quem são os personagens históricos das imagens 2 e 3, muito menos saber o que são fenômenos semânticos, em Língua Portuguesa. Certamente ele reconhecerá, pela sua vivência e pelo seu conhecimento prático, que a imagem 1 é uma situação de impedimento, no futebol, insere-se o link para a História e tem-se o impedimento do ex-presidente Collor, insere-se outro link para a História recente do País e tem-se o impedimento do ex-vice-presidente José Alencar, para participar da posse da presidente Dilma Roussef e um outro link, explica-se, pela Língua Portuguesa que a mesma palavra impedimento usada em circunstâncias diferentes, assume significados diferentes, ao que chamamos de polissemia.
 As três situações propostas acima, apresentadas em uma aula de Língua Portuguesa, em sala de aula, com o auxílio de um computador acessado à Internet ou em uma sala de informática de uma escola qualquer, tornar-se-ía interativa, interdisciplinar e de aprendizado através do computador, porque o aluno, por causa do seu interesse inicial: por que estudar análise sintática? provocado pelo professor, pesquisando, em plena aula, alcançaria o seu    objetivo na escola: construir conhecimentos novos, propostos no currículo escolar de forma diferente, comprovando que é capaz de aprender através do computador, e que o computador é capaz de ensinar. O que seria feito em aulas separadas, com professores diferentes em horários diferentes, é possível fazer em todas as aulas, tornando, assim, as disciplinas uma continuidade da outra, este é um dos benefícios do computador para a educação.
Este procedimento representa, de fato, uma mudança no modelo pedagógico, porque o aluno passa a ser construtor do seu conhecimento. O computador torna-se um instrumento didático, que pode ser usado em todas as aulas, por qualquer professor, em qualquer disciplina com respostas instantâneas às dúvidas, curiosidades e até ao próprio desconhecimento do estudante.
Resta ao professor saber utilizar a ferramenta e trabalhar interdisciplinarmente, sem receio de ser substituído pela máquina, que jamais substituirá o ser humano.
Prof. Demétrio Mácola

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Por que se será que nossa Educação pública não dá certo?

Todos que fazem a escola pública no Brasil e têm um pouquinho de noção político-cidadã não aceita nem tolera mais o que se vê e o que se faz, quando o assunto é educação.
A cada eleição para presidente, governador e prefeito, a população sonha e espera por medidas que ponham fim a tudo quanto considera errado no sistema educacional federal, estadual ou municipal.
Quanta ingenuidade esperar de candidatos ou de autoridades eleitas mudanças estruturais que resolvam velhos problemas. Convém a qualquer autoridade eleita a manutenção das velhas estruturas. Elas são a fonte abundante que saciam os interesses ocultos de quem assume alguma esfera de governo.
Na organização política do Brasil, é essa esperança popular o combustível que alimenta a eleição de políticos nos quais o povo pensa que ainda pode confiar. Traduzindo: a esperança popular em pessoas é filha legítima do desconhecimento de tudo quanto se passa na mente de quem se candidata a cargos eletivos em nosso pobre País.
O que então ocorre por dentro do sistema que nunca se percebe, objetivamente, qualquer realização concreta para a mudança do que está errado?
Olhemos para a SEDUC! Tanto educandos como educadores e o SINTEPP, têm se contentado, a cada eleição, com simples troca de cadeiras e cargos. Ainda não ansiamos por navegar em “águas profundas”, a fim de arrancar das entranhas desta Secretaria todos os vícios, os entraves que emperram o caminhar fluente e transparente rumo ao desenvolvimento do povo pela luz do conhecimento que liberta, que eleva, que dignifica, que dá felicidade. Ainda não ansiamos por uma transformação que atenue a imposição do puramente técnico sobre o profundo do humano e diminua os nocivos efeitos daquele sobre este.
O Argumento para isto é que o nosso modelo de administração pública não deixa nada acontecer. O contra-argumento é: quem criou o modelo? Foi Deus? Foi a natureza? Ele é um dogma incontestável? É intocável? Ou foram seres humanos, mais precisamente, senadores, deputados e vereadores? Se foram eles que criaram, por que não “des-criam”?
Temos aceitado esperançosos ser apenas eleitores, cujo dever primeiro é eleger candidatos e o segundo é ficar na ansiosa expectativa de saber quem serão os ministros ou ministras, secretários ou secretárias de governo, a fim de que, revestido(a)s de autoridade possam resolver todos os nossos problemas.
No caso do Estado, não assumimos o dever de atuar dento da Secretaria de Educação, a fim de viabilizar projetos e propostas que consideramos essenciais e vitais para a política educacional do Estado.
Nossa educação pública não suporta mais o nosso comportamento em relação à frieza e a insensibilidade técnica de pessoas que assumiram e assumem cargos e funções na área educacional por força de barganha política, sem qualquer compromisso com essa causa e, na maioria das vezes, sem conhecimento das atribuições que lhes aguardam.
É preciso eliminar da SEDUC cargos e funções criados como prêmios de consolação para candidatos derrotados em eleições e para compensar “cabos eleitorais” que se dedicaram na campanha de candidatos vitoriosos.
Teorias já estão consolidadas, congressos intermináveis já foram realizados, debates acalorados já aconteceram, reuniões enfadonhas e ineficazes já tomaram muito tempo, propostas, sugestões, ideias e mais o que se queira chamar já foram objeto de promessas, já constaram em programas de governos, já foram defendidas em câmaras municipais, na Assembleia Legislativa, no Congresso Nacional, mas pouco ou quase nada sensibilizou ou mobilizou a população, porque nitidamente se vê que não passam de palavras vazias ou de táticas políticas para se fingir que se está fazendo alguma coisa. Constata-se, então, um efetivo divórcio com o povo.
Sem a frieza e a insensibilidade técnica do modelo administrativo que ninguém ousa mudar, quem sabe a educação pública fosse melhor.
Se a razão de existir a SEDUC é organizar e gerir a política educacional da rede pública estadual, toda a atenção e todos os cuidados desta Secretaria devem estar voltados para os principais personagens do processo educativo: educandos e educadores. Se essas duas categorias sociais inexistissem, inútil seria a existência de uma Secretaria de Estado que não tivesse a quem servir.
Por que então se diz não ao diálogo e à participação dos mestres, dos estudantes e de quem mais queira interessar-se pelas escolas estaduais na elaboração de projetos, na construção do calendário escolar; no apoio às iniciativas saídas de dentro das escolas em decisões coletivas? Por que não destinar aos conselhos escolares verbas específicas para atuação direta e autônoma na defesa dos interesses de cada escola? Por que não desburocratizar, em acelerado ritmo, trâmites que podem ser simplificados, a fim de agilizar resoluções de problemas urgentes e situações imprevistas nas escolas, de tal modo que os educadores do Estado sintam orgulho e prazer de serem educadores, e os educandos sintam o dever de não desperdiçar uma só oportunidade que lhe seja dada para crescer humanamente?
Isso tudo exige sensibilidade, sintonia fina com o interesse público, espírito de serviço. Há que se fazer uma reflexão não sobre a pessoa que assume o cargo, mas sobre a estrutura do cargo que a pessoa assume, pois é a estrutura do cargo que faz com que a mais doce pessoa fora dela se torne a mais dura, cruel e desumana dentro dela.
Em nosso caso, o povo sonha com o(a) secretário(a) ideal, e depara-se com o(a) secretário(a) real. O(a) primeiro(a) despojado(a) de intenções e interesses outros, específicos do sistema ao qual vai servir, o segundo servidor leal e fiel do sistema que passou a servir.
Idealisticamente pensando, o(a) secretário(a) de Educação deve ser uma pessoa sintonizada com os anseios populares; deve ser conhecedor(a) das necessidades e dificuldades do fazer educativo, especialmente nos ensinos Fundamental e Médio, visto que o Ensino Superior é uma outra realidade; deve, no mínimo, ter ministrado aulas em escolas públicas de nível Fundamental e Médio; precisa ter viajado pelo interior do Estado não como turista nem veranista, mas como cidadão comum, profissional sensível e atento às realidades de cada município e deve, ainda, no exercício da função, sair de seu gabinete para intervir na realidade, usando a força do seu cargo só, e somente só, em favor da população.
Quem conhece as secretarias de governo em suas entranhas, especificamente a nossa SEDUC, sabe que qualquer colher que se compre para uma escola é em nnome do estudante, mas o interesse é voltado para algum empresário. A carteira escolar é comprada, em tese, para o bem do estudante, mas o superfaturamento da compra é em benefício de algum outro empresário e tantos, tantos e tantos outros fatos, cuja justificativa é o estudante, o interesse não é!
Nos Departamentos, Diretorias, Divisões e Coordenações, há de colocar pessoas que valorizem o humano, não permitindo que a burocracia e o tecnicismo os escravizem; há de ser pessoas transparentes, compreensivas, conhecedoras da realidade das escolas, acostumadas a lidar com gente que tem problemas, que tem esperanças, que trabalha, que se dedica; há de ser pessoas que reconheçam o empenho de cada um na sua função, especialmente quando se tratar de educadores e estudantes; nos postos-chave do organograma desta Secretaria devem ser colocadas pessoas preocupadas com o atendimento ao público; que tratem seus funcionários com respeito; que os estimule a trabalhar bem; que os faça entender a importância de suas funções. É este unguento que falta em toda a estrutura burocrática da SEDUC.
Ainda em nosso caso, o povo vê: cargos e funções ocupados por força de barganha de partidos políticos derrotados ou não em eleições para gerir uma Secretaria que sequer conhecem, em nome de uma tal governabilidade que só interesseiros e espertalhões conhecem. São verdadeiros “corpos estranhos” nas entranhas de nossa Secretaria. São técnicos competentes de outras instituições ou órgãos públicos ou privados que se sairiam muito bem em sua profissão original, mas que têm dado muito o que falar ocupando os DAS da nossa “pobre” Secretaria de Educação.
Por que se será que nossa Educação pública não dá certo?
(Prof. Demétrio Mácola)

Demétrio

Saiba que além de colaborar com a minha entrada na universidade e agora, na pós graduação, você foi mais além, colaborou na minha formação como ser humano. Refiro-me a uma aula de literatura, no 2º ano, lá no “Pedroso”, em que deveríamos apenas lhe entregar o suplemento do livro “Ubirajara” como parte de nossa avaliação.
Neste dia, você entrou na sala e ficou quietinho, todos estavam terminando o trabalho às pressas, colando uns dos outros. Quando todos terminaram, os trabalhos foram recolhidos, e você não falou nada. Os alunos todos estranharam seu comportamento.
No dia da entrega das notas, todos se deram bem, porém após devolver o último trabalho você fez referência à nossa falta de compromisso e ética na realização da tarefa. Questionou que tipo de profissionais e cidadãos nós seríamos e além de tantas outras coisas enfatizou que aquelas notas, todas excelentes, na verdade não eram nossas, nós não a merecíamos.
Confesso que fiquei envergonhado e com vontade de pedir pra ter a minha reduzida, mas não tive coragem. Nunca esqueci aquele seu discurso, gostaria de ter gravado, mas guardo aquele dia com muito apreço, já contei a varias pessoas, aquela manhã marcou minha vida e passou a pautar meu comportamento desde então.
Evidentemente que estou longe de ser um arauto da ética e da moralidade, mas a partir daquele dia, graças a você, eu me tornei uma pessoa melhor. Isso sim é ser verdadeiramente um mestre! Gostaria de ter lhe dito isso pessoalmente, mas o momento agora foi oportuno.
Um fraterno abraço,
Adilson Freitas

Conceitos de hipertexto

Hipertexto é um tipo de texto eletrônico, uma tecnologia informática radicalmente nova e, ao mesmo tempo, um modo de edição.
(TOMÉ, Irene, A Nova Sociedade Tecnológica, Editorial Notícias, p.39)
Uma escrita não sequencial, um texto que bifurca, que permite que seja o leitor a eleger o melhor ecrã interativo. De acordo com a noção popular, trata-se de uma série de blocos de texto conectados entre si por nós, que formam diferentes itinerários para o utilizador.
(NELSON, Theodore, Literary machines, Swarthmore, Pa, edição de autor, 1981)
Hipertexto consiste nos tópicos e nas suas ligações, os tópicos podem ser parágrafos, frases, expressões ou simples palavras. Um hipertexto é como um livro impresso no qual o autor tem disponíveis um par de tesouras para cortar e colar pedaços de outros textos, de tamanho conveniente. A diferença é que um hipertexto eletrônico não se dissolve num desordenado conjunto de anotações, o autor define a sua estrutura na forma como cria as ligações entre essas anotações.
(Bolter, J. (1991), Writing Space: The Computer, Hypertext, and the History of Writing, Lawrence Erlbaum Associates.)
São janelas, num ecrã, que são associadas a objetos numa base de dados e links criados entre esses objetos, tanto graficamente (ícones etiquetados) como na base de dados (apontadores).
(Conklin, J. (1987), Hypertext: An Introduction and Survey. IEEE Computer.)
Hipertexto, no seu nível mais básico, é um manipulador de bases de dados, que permite ligar páginas informativas usando links que os associam. Num nível mais alargado, hipertexto é um ambiente de software em que se realiza trabalho colaborativo, comunicação, e aquisição de conhecimentos. As características deste software estimulam o cérebro para armazenar e recuperar informação, fazendo uso de links para um acesso rápido e intuitivo.
(Fiderio, J. (1988), A Grand Vision--Hypertext mimics the brain's ability to access information quickly and intuitively by reference. Byte Magazine, Vol. 13, Nº 10. October 1988)
Hipertexto é uma forma diferente de literatura em que o uso do computador transcende a linearidade, os limites e as qualidades da tradicional forma de escrita de textos.
(Landow, G., Delany, P. (1991), Hypermedia and Literary Studies. Cambridge: Massachusetts Institute of Technology Press.)
O termo hipertexto relaciona-se com o termo «espaço hiperbólico», devido ao matemático Klein, no século XIX. Klein utilizou o termo hiperespaço para descrever uma geometria de muitas dimensões; por isto, pode-se deduzir que hipertexto é um texto multidimensional, considerando-se o texto como uma estrutura unidimensional.
(Rada, R. (1991), Hypertext: from text to expertext. McGraw-Hill)
Tecnicamente, um hipertexto é um conjunto de nós conectados pelas ligações. Os nós podem ser palavras, páginas, imagens, gráficos ou partes de gráficos, sequências sonoras, documentos complexos que podem ser, eles próprios, hipertextos.
Os itens de informação não estão ligados linearmente, como numa corda com nós: cada um deles, ou a maior parte estende as suas ligações em estrela, de modo reticular.
(Lévy, P. (1994), As Tecnologias da Inteligência. O Futuro do Pensamento na Era Informática. Lx: Instituto Jean Piaget.)
É um conceito relativamente moderno de estruturação da informação eletrônica, que acabou por se tornar um padrão na elaboração de todo o tipo de documentação. Com a 'Internet', este tipo de documentos eletrônicos parece ter ganho novo fôlego, transformando-se na ferramenta essencial de divulgação da informação na 'Net'.http://lucipires.blogspot.com/2009/06/conceitos-de-hipertexto.html
(Siqueira, Débora C. Disponível em: http://ead1.unicamp.br/e-lang/multimodal/DeboraHipertexto%)
Na prática, o hipertexto é uma ferramenta interativa que permite o enriquecimento de uma idéia expressa em um texto por algum autor que pretenda a participação de co-autores na elaboração final de seu pensamento.
Pode-se dizer que essa ferramenta não deixa um texto pronto e acabado, findo e fechado. Diferentemente de um livro convencional que tem início, meio e fim, o hipertexto está sempre aberto a acréscimos, correções, discordâncias, debates e interpretações dinâmicas.
É uma das maravilhas da tecnologia, pois de qualquer lugar do Planeta alguém pode se manifestar sobre uma idéia exposta em texto, no próprio texto. Além de que, o hipertexto dispensa reuniões, mesas redondas, entrevistas com horas marcadas e outras exigências presenciais para tomar forma. Em outras palavras, o hipertexto é um texto infinito.
(Prof. Demétrio Mácola)

domingo, 25 de setembro de 2011

Na escola também se pode ler

Ler é um ato tão ligado ao ser humano, que muito antes do surgimento da escrita a leitura já existia.

Esta afirmação pode soar estranha a quem pensa que ler é apenas decifrar palavras e somente isto.

Para quem tem consciência de que vivemos em um mundo de símbolos que precisam ser decifrados, não soa estranha a afirmação.

Os primitivos humanos se expressavam por símbolos. Liam e interpretavam o mundo em que viviam decifrando o que ia para além dos símbolos.

A experiência primitiva é a primeira grande lição do ser humano para o ser humano sobre leitura.

Quem se dedica a estudar o ato de ler, chega sempre à mesma conclusão: ler é compreender símbolos e discursos, completando-os, traduzindo o que não está dito explicitamente.

Quem exercita o ato de ler, nesta segunda perspectiva, pode-se considerar um(a) leitor(a) completo(a).

Mas por que milhares de pessoas têm preguiça ou raiva de ler? São vários os motivos, desde os mais simples até os mais graves.

Fiquemos com os mais simples, que dizem respeito só aos alfabetizados, omissos e aos que ignoram, conscientemente, o valor da leitura.

O hábito de ler começa na família. Criança que vê, em casa, exemplos de adultos leitores, vai imitá-los.

Criança habituada a ouvir e contar histórias, tende a ser leitora. Esta prática aguça-lhe a curiosidade, alimenta-lhe a criatividade  e estimula-lhe a imaginação.

De casa para a escola levam-se bons e maus hábitos, entre eles o de ler ou não ler. À escola cabe incentivar os bons e substituir os maus por melhores.

Talvez o maior pecado da escola contra a formação de leitores, seja o fato de se querer impor a estudantes, especialmente das séries iniciais, leituras que se acredita serem boas para os alunos e julgar que gostarão delas pelo fato de ter agradado a quem as indicou. É a presunção de querer gostar pelos outros.

Bom seria, se antes de se indicar leituras paradidáticas, os estudantes fossem consultados, durante o ano, sobre que tipo de assunto gostariam de ler no ano seguinte. Este procedimento evitaria a sensação da obrigatoriedade e, quem sabe, pela espontaneidade, o interesse de estudantes por livros aumentasse.

Em muitas escolas, é praxe a proibição do contato direto de estudantes com os livros das bibliotecas. Em favor desta atitude, argumenta-se que os livros ficam desarrumados, fora de ordem, misturados entre si, enfim, pegar em livro é um transtorno em certas escolas.

Nada pior que isto para inibir o sadio desenvolvimento do hábito de ler. Se as pessoas, principalmente crianças, não pegarem em livros, não sentirem o cheiro deles, não olharem letras, imagens, páginas etc., vão ter sempre a impressão de que livro é objeto sagrado e, por isso, só alguns privilegiados podem tocá-los.

Quem sabe uma estante disponível só para que estudantes e demais interessados possam manusear livros na biblioteca de uma escola, represente um passo firme, a fim de atrair pessoas com idades, níveis de instrução e interesses diferentes para o mundo da leitura.

Outro caminho pode ser a implantação do “momento da leitura” na escola, definindo-se um dia da semana em que, em todas as aulas, os educadores abrissem espaço só para o contato com livros, sem pré-determinação de assunto. Esse dia já entraria no planejamento da escola e dos educadores, de modo a não se combater esta idéia em nome de suposto prejuízo aos conteúdos. Lendo, ninguém perde nada, ganha-se muito.

Em contrapartida, os estudantes teriam o compromisso de fazer resumo e comentário escrito sobre a obra lida, para socializar idéias, impressões e pontos de vista.

A escola tem que se tornar um espaço social onde a leitura não seja um dever e sim um prazer. Não adianta só criticar quem não lê ou só ficar lamentando um tempo passado, no qual a leitura era mais valorizada.

É preciso tomar atitudes concretas e realistas para diminuir o fosso que separa a ignorância do conhecimento.

O prazer de ler começa pela descoberta do tipo de assunto do qual se gosta. Se, em casa, familiares não têm preocupação em dialogar sobre os assuntos prediletos das crianças, a escola deve tê-la.

Socializando preferências, nascerá interesse em trocar informações, depois títulos de obras, depois nomes de autores, finalmente o desenvolvimento do processo da formação de leitores que se estenderá pela vida adulta.

Assim, a escola terá oportunizado um dos maiores benefícios que se pode fazer a um ser humano: tirá-lo da ignorância, através do ato de ler. A humanidade só tem a ganhar e a agradecer onde houver uma escola assim.

Neste particular, estudantes de colégios doroteanos podem se considerar privilegiados. Quem já se deitou ao chão de uma sala com almofadas e espelhos por todos os lados e muitos livros ao alcance das mãos, jamais dirá que esta experiência não seja válida.

Escola que forma cidadãos capazes de ler textos e o mundo que os rodeia sob multiformes símbolos, para intervir positivamente na transformação dessa realidade, cumpriu integralmente sua verdadeira missão.

Prof. Demétrio


EDUCAÇÃO PARA A LIBERDADE

Para se pensar em educação é preciso, antes de tudo, que se faça uma profunda reflexão sobre o homem, partindo-se de um questionamento não menos profundo: a educação que recebemos e a que hoje praticamos tem servido como instrumento de liber­dade para o homem?

A resposta não é simples nem fácil. E com­plexa, longa, requer análise, exemplos ilustrativos, discussões, enfim, um minucioso exame do que se fez e do que se anda fazendo nesse campo vasto e minado pelo qual o homem tem caminhado. Qualquer, porém, que seja a resposta, ela deve ser buscada e encontrada no próprio homem e tem que estar fundamentada na certeza de que o ser humano é inacabado, está em permanente construção. Sendo racional, o homem reconhece suas limitações, sabe de suas imperfeições e quer superá-las para sen­tir-se mais completo, crescer um pouquinho mais a cada dia e, assim, eliminar, gradual­mente, as imperfeições que vai descobrindo em seu ser, substituindo-as por vir­tudes que lhe possam elevar e pro­movê-lo como gente, como pes­soa. E essa consciência de ser inacabado e incomple­to que obri­ga o ser humano a educar-se, formar-se, aperfeiçoar-se.

A educação surge daí, da descoberta que o homem faz de si mesmo, do contrário  ela não exis­tiria e o ser humano conti­nuaria prisioneiro de si, de sua própria ignorância. Por isso mesmo, a educação deve e tem que estar a serviço do aperfeiçoamento humano, em todos os senti­dos.

A educação que conduz à liberdade é aque­la que tem o compromisso de abrir os olhos dos “cegos”, aquela que é capaz de mostrar a reali­dade sem máscaras, que situa o homem dentro da verdade dos fatos, que per­mite a ele o desenvolvimento da capacidade de criar, o direito de questionar, o dever de opinar, que estimula a ousadia de desafiar o que ainda não foi experimentado e o desco­nhecido, que o encoraja a se firmar como ser pen­sante, descobridor do mundo, veiculador de co­nhecimentos e não apenas um pobre receptáculo do saber alheio.

A educação conduz à liberdade quando ela não aliena, quando ela não se afasta das raízes da verdade, quando ela aproxima o homem da sua própria realidade para que este a conheça profundamente, a fim de transformá-la. Se o objetivo maior da educação não for transformar a realidade dos homens, ela não tem razão de ser nem de exis­tir, pois o homem continuará cego para a sua própria condição de vida. E é esta cegueira do homem ante a realidade que a educação tem o dever de curar. Esta é a  sua missão.

As escolas e as universidades deveriam ser o espaço privilegiado da formação humana, mas, muitas vezes, é-se obriga­do a constatar que essa instituições cederam lugar e espaço tão somente à transmissão de conteúdos curriculares, sem grandes preocupações com a for­mação ética, moral, espiri­tual, com o caráter e a per­sonalidade do homem, que não é só matéria, mas espírito também.

O     Papa Paulo VI, em sua famosa Encíclica “Populorum Progressio” escreveu: “Constrange pen­sar que muitas jovens. adquirem certamente uma formação de alta qualidade, mas, com freqüência, per­dem a estima dos valores espirituais que, muitas vezes, eram tidos como patrimônio precioso nas civilizações que os viram crescer”.

O verdadeiro edu­car não pode se omitir na tarefa de harmonizar o homem com o seu espírito, em nome da Paz, da justiça da sabedoria.
Prof. Demétrio

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Quem sou eu (professor) neste contexto

Consciente da necessidade de atualização permanente na tarefa de orientar estudantes em sala de aula, buscamos sempre novas oportunidades de aperfeiçoamento para aprender a reaprender o que deve ser ensinado de forma diferente e compatível com a idade e a mentalidade de nossos alunos.

É importante que se saiba que não sabemos o muito que pensamos saber e, na missão de ensinar para uma geração cem por cento "digitalizada", cabe-nos a tarefa de buscar novas formas de ensinar o que precisa ser transmitido como conteúdo formal em sala de aula.

Na sala de informática, queremos ser incentivadores para o despertar da consciência de nossos colegas, para a necessidade da inserção de cada um nessa nova era, a fim de que cada um de nós e cada um de nossos estudantes encontrem sentido no que estudam e saibam para que serve o que aprendem na escola.

Além disso, queremos sensibilizar as consciências com as quais trabalhamos, a fim de que desfrutem dos recursos que a tecnologia proporciona, para fins bons, justos e verdadeiros.

Prof. Demétrio
A SOCIEDADE DA APRENDIZAGEM E O
DESAFIO DE CONVERTER INFORMAÇÃO EM CONHECIMENTO
É fato constatado a dificuldade que as pessoas demonstram de aprender o que precisam para viver em um mundo cada vez mais envolvido em tecnologias.
Aprender é uma necessidade constante e crescente no momento presente da História humana, pois a evolução tecnológica propõe, a cada dia, novos conhecimentos e a maior dificuldade no processo da aprendizagem deve-se ao fato de que o ser humano precisa aprender, ao mesmo tempo, várias coisas, de formas diferentes.
As maneiras de aprender é que têm se constituído no grande desafio da nossa era, pois o novo exige novas formas de aprender, obrigando-nos a abrir mão de conceitos, conhecimentos que acumulamos como “verdades” ao longo de nossas vidas e mostrando-nos que sabemos pouco e precisamos aprender mais, pois o conhecimento é inesgotável.
A grande proposta dos novos tempos é a inserção do ser humano no mundo democrático da informação, do aprender, do saber, do partilhar o conhecimento, a fim de que este ser transforme-se, cada vez mais, em uma fonte que, ao mesmo tempo em que aprende, ensina, ao mesmo tempo em que absorve, partilha, não retendo para si a riqueza de conhecimentos que o mundo vem trazendo até ele.
Então, qual é o fundamento básico que a era da informação e da formação veloz requer de quem tem a missão de “ensinar”, como é o caso dos educadores? Os novos tempos impõem à escola a tarefa de preparar pessoas para acessar e dar sentido ao que aprendem., deste modo um dos grandes desafios da chamada cultura da aprendizagem é levar o aluno a refletir sobre a utilização da informação de maneira crítica.
Quebradas as barreiras do medo do novo e da “vergonha” do não saber, a aproximação do ser humano com a máquina se torna maior, o interesse se intensifica, o desejo de inovar aumenta, daí para a aceitação completa é apenas uma questão de bom senso.
ATV1-1_DEMÉTRIO-KÁTIA

Diário de Bordo

Existem inúmeras possibilidades para se desenvolver uma prática docente, envolvendo conteúdos de disciplinas diferentes, enfocando um mesmo assunto. É o que se chama de interdisciplinaridade.
O melhor de tudo é quando uma prática desse porte envolve recursos tecnológicos disponíveis na escola, que podem tornar tais práticas mais dinâmicas e interessantes.
Em outros tempos, os professores sempre procuraram formas de dinamizar suas aulas, desenvolver trabalhos interdisciplinares em datas comemorativas e outras atividades que as escolas programavam usando cartolina, tesoura, cola, papel-cartão, papel crepom, lápis de cor, tinta guache, enfim, recursos de que dispunham para motivar os estudantes, fazer um trabalho diferenciado e, o mais importante, tornar eficaz a tarefa de ensinar.
Hoje, os recursos são outros para as mesmas finalidades. Por isso, um projeto pedagógico interdisciplinar, inserido no planejamento anual da escola, pode ajudar na operacionalização dessa prática.
Na E.E.E.F.M."Jarbas Passarinho" - Souza, estamos vivenciando esta experiência. No primeiro bimestre letivo, trabalhamos, em todas as turmas de todos os turnos, o tema BULLYING e, para tanto, utilizamos todos os recursos tecnológicos de que a escola dispõe. Cada turma foi acompanhada por um professor que, junto com os estudantes, definiram como seria abordado o tema e o sub-tema pelo qual ficaram responsáveis.
O resultado foi muito bom: entrevistas gravadas, vídeos, apresentações em slides, concurso de redação, peças teatrais, murais, exposição de fotos, desenhos feitos em paint retratando situações de bullying, enfim, usou-se tudo quanto se pôde dispor na escola.
Desta forma, foi trabalhado um tema muito sério e importante para o aprendizado dos estudantes que, nesse tema, utilizaram conhecimentos da Língua, dados estatísticos, porcentagem, discussões sociológicas, filosóficas, biológicas, físicas, religiosas e outras.
Para o segundo bimestre está sendo trabalhado, na mesma linha do BULLYING, a VIOLÊNCIA, envolvendo alguns aspectos: contra a mulher, crianças, idosos, sexual, doméstica, racial, sexual, religiosa e outros que algum professor ainda venha adotar.
Acreditamos que essas situações, são relevantes, atuais e significativas para o aprendizado de nossos estudantes.